Segundo livro de Érikha Lispector será lançado pela Ser Poeta
Guerra ao Desamor propõe uma série de reflexões interpessoais aos leitores, que têm a chance de interagir diretamente com o livro

Dar voz às parcelas mais excluídas da sociedade, ao mesmo tempo em que propõe diversas reflexões íntimas e pessoais a cada membro dela. É isso que o novo livro da escritora Érikha Lispector carrega em suas páginas — estas que, atualmente, estão no forno da Editora Ser Poeta. Composto por crônicas, pensamentos e poemas, divididos em quatro tópicos, os mais de 20 textos presentes em Guerra ao Desamor falam sobre amor, desamor e diversas pautas atuais na sociedade, como transtornos mentais, machismo, sexualidade, autismo, entre muitas outras.
Segundo conta a escritora, a ideia do livro nasceu ao iniciar a graduação em Psicologia. Conforme avançava nas aulas, leituras e reflexões propostas em sala com os colegas, Érikha despertou em si a vontade de realizar um projeto diferente, voltado para a busca pela transformação do mundo e dos seres humanos. Com isso, resgatou várias das crônicas e textos que possuía em seus cadernos — algumas das produções sendo de tempos pandêmicos, os quais a escrita era a chave escapista da solidão — e os organizou por temas, nascendo, assim, Guerra ao Desamor.
“A solução para um mundo melhor está em usarmos as nossas armas de todos os modos, seja escrevendo, seja falando, seja através de qualquer veículo. Juntar esses textos em um livro é a minha colaboração com o mundo para desativar tanta maldade. Eu quero tentar, nem que seja apenas com uma gotinha, combater o preconceito. Posso dizer que os meus livros têm o intuito de ajudar o leitor em vários aspectos. Se não for com o conteúdo, pelo menos será com o estímulo à leitura”, relata Érikha.
Essa proposta que Guerra ao Desamor traz está mais que presente com as intituladas Práticas para o seu desenvolvimento pessoal, atividades que fecham cada capítulo do livro e encorajam o leitor a mergulhar nas próprias vivências e ações, como em um processo terapêutico, de modo a refletir sobre a leitura e colocar em prática o que foi abordado. Érikha destaca que o livro possui certa semelhança com o que as obras do autor Augusto Cury propõem: a reflexão sobre a vida. Apesar de não classificar o título como algo diretamente na linha de autoajuda, ela conta que o gênero já a ajudou em vários momentos, principalmente com os livros de Cury que ainda mantém na cabeceira: Mulheres inteligentes, relacionamentos saudáveis e a coleção Análise da inteligência de Cristo.
Érikha ainda relata que escreve desde a infância, quando fazia de seus vários cadernos os seus diários, um espaço o qual desabafava sobre seus sentimentos e escrevia sem a pressão de ser julgada. “Ali, eu deixava a minha dor, a minha alegria, e virava a página para os próximos episódios. O livro é um veículo no qual eu posso dividir muitas experiências e relatos, vivenciados por mim ou não, com outras pessoas — mais precisamente, outras mulheres. No fim, todos têm a intenção de ajudar”, destaca.
Guerra ao Desamor é o segundo livro de Érikha. Em 2021, ela lançou o romance Doze anos para viver, uma ficção que traz a história de Luiza, uma mulher que sofre muito em seu casamento e resolve enfrentar o mundo, partindo em uma jornada de autoconhecimento. A obra, que já tem uma continuação planejada, difere de seu novo livro por conta do formato — ficção e não ficção —, mas, como a própria escritora pontua, eles têm uma coisa em comum: ambos pregam o amor e a possibilidade de mudanças positivas em um ser humano.
“Antes de magoar, sinta. Antes de odiar, ame. Antes de desistir, tente. Antes de morrer, viva a vida”, diz um trecho da música de Felipe Duram, que trouxe a inspiração para o título do livro. Guerra ao Desamor surge para proporcionar ao leitor um encontro consigo mesmo, carregando o desafio de deixá-lo sair da leitura de maneira diferente a qual entrou.
O livro está atualmente em finalização e, em breve, será lançado pela Ser Poeta. Todas as atualizações sobre os lançamentos da Editora podem ser acompanhadas aqui no blog e também nas redes sociais (@editoraserpoeta).
Texto e correção:Ariadne Marcelino
Edição de foto: Dayvton Almeida









